quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sob o umbigo

Sob o umbigo

Amiga verdade tenho vaidade;

Como também o céu azul.
Amiga onde estas;

em muros ou matagais
Dos cabelos dessa criança
Sei que és a luz;
e eu um besouro
Sou um garimpeiro
Você meu maior tesouro.

Ei de um dia te encontrar
ou sob o umbigo.
Amiga sou te amigo
Nessa estrada vem comigo
Se caíres...
Eu te amparo, eu me amparo
Tu me amparas, tu te amparas,
Estou na sala
A musica me acalma
A musica (minha alma)
Mas os fragmentos de tijolos
Que fica sobre os cabelos
E sobre o umbigo...
...Faz-me ver ou tentar...
...Ser feliz.

O novo morto

O novo morto

A morte nada mais é
Que um sopro
No escuro chocante
Onde ninguém nos conhece
E ao sentir o doce hálito
Da eterna dama
Em nosso rosto
Num momento sereno
Mãos se erguem para saudar
O novo morto
E ao contemplar o paraíso
Sozinho mais sorrindo
Vou falar e lembrar de ti
Adeus amor, adeus

Sonhos bêbados

Sonhos bêbados

Um tonto amor
Sem conhecer a ti
Porém,apaixonado sonha
De febres e paixões
Por um vulto,que falta presença

Sonho com teus beijos
E clamo o amor dos teus olhos
Que não lembro a cor

Nem o brilho
Uma sombra fala por mim
Mas a esperança deste amor morreu
Nestes olhos que traem
Nestas tuas mãos
Tocadas as minhas
Nas sombras negativas
De imaginações podres
Espero que permaneça
Ao menos amiga
E não abandone
Meus sonhos bêbados
“E que este amor chegue ao fim”

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Flor - de- Jade


Margarida está morta
Rosa está morta
Magnólia está morta
Quantas flores ainda vão ser mortas?

Simplesmente prá dizer:

Eu te amo

Conto de amor e lama

Em minha vida
Passa um rio
Que se ergue uma cidade
Podres as águas desse rio
Sob o tom cinza
Da cidade em agonia

Mangue aterrado
E esgoto a céu aberto
Em mim há lama
Há lama em mim.

Quando se tem dezesseis

Espero que não percebas
Eu não sou tão esperto
Sou o caos de minha arrogância
Minha vida contida
Numa foto preto e branco
Cada um sobrevive
Nos filhotes que faz
Com amor e devoção
Todos os espaços se confundem
Dentro do meu quarto
Os bárbaros me golpeiam
Mas é possível suportar a dor
Quando se tem dezesseis
(Sentindo um cheiro de pó)
Espero que não percebas
O amor acabou
E o tempo parou
Levou embora o meu sol
Trouxe silêncio
Trouxe maldade
Um certo carinho que me faz mal
Mas conto contigo
Para quando renascer meu sol
Que floresce a luz
Numa foto preto e branco...
...eu ,você e a eternidade.






Imaginário na praça


Na praça
Acendendo um cigarro
Mesmo sendo um imaginário
Algumas pessoas me olham
E outras nem me notam
O que se cria, quando se morre?
O que se ama, quando se sofre?
O soluço escondido
Agora ressurge
Quando se teme a morte
Quando se teme os deuses
Sinto algo partir meu rosto
O silêncio da praça
Vê as lagrimas
Que queimam meu rosto
Minha face molhada
Num lugar onde tudo é aberto
Onde deito na grama
E olho para o céu
E contemplo
A seiva invisível
Um grito
Um gemido
Que sai dentro de mim
Alguns olhos se fixam em mim
Quando solto beijos
Prá quem ta no céu
Adeus amor,adeus.